O câncer de colo de Útero (CCU) representa um desafio significativo para a saúde pública, resultando na morte de 5.430 mulheres no Brasil em 2013, com uma projeção de 16.340 novos casos em 2016, apresentando um risco estimado de 15,85 casos por cada 100 mil mulheres. Este problema afeta tanto países desenvolvidos quanto em desenvolvimento.
Existem dois principais categorias de câncer cervical associadas à infecção pelo HPV: os carcinomas de células escamosas, predominantes, e os adenocarcinomas. Os carcinomas de células escamosas são os mais prevalentes e estão fortemente ligados à infecção persistente por determinados tipos de HPV, incluindo os subtipos 16 e 18. Por contraste, os adenocarcinomas são menos frequentes, porém, estão mostrando uma tendência ascendente em algumas regiões. Eles têm origem nas células glandulares que produzem muco no colo do útero e estão principalmente associados aos subtipos de HPV 16, 18, 45 e 31.
Causas
A principal causa desse tipo de câncer é a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV). Fatores como início precoce da atividade sexual, múltiplos parceiros, tabagismo e higiene íntima inadequada aumentam a susceptibilidade à infecção.
Sintomas
Os sintomas são frequentemente mal interpretados devido à sua semelhança com outras condições menos graves, especialmente distúrbios gastrointestinais. Os sintomas podem variar, incluindo dores pélvicas, dor durante a relação sexual, menstruação anormal ou intensa, irregularidades menstruais, sangramento vaginal anormal e corrimento incomum na região genital, acompanhados de fadiga, náuseas ou perda de peso.
Diagnóstico
O diagnóstico precoce é possível por meio do exame preventivo conhecido como Papanicolau ou citologia cervical. Durante este procedimento, células cervicais são coletadas e examinadas em laboratório. Recomenda-se que mulheres sexualmente ativas, entre 25 e 64 anos, realizem este exame regularmente, geralmente a cada três anos, após dois exames iniciais anuais, desde que os resultados sejam normais.
Tratamento
O tratamento é determinado caso a caso, levando em consideração estágio da doença, tamanho do tumor e características individuais, como idade e planos reprodutivos. Opções comuns incluem cirurgia e radioterapia.
Prevenção
A prevenção primária concentra-se na redução do risco de infecção pelo HPV. Medidas preventivas incluem o uso de preservativos durante o sexo, vacinação e exames regulares de Papanicolau.