Sangramento Vaginal Anormal

Sangramento Vaginal Anormal

O sangramento vaginal anormal é uma queixa frequente e um dos principais motivos para a procura de atendimento ginecológico.

Na maioria dos casos, está associado ao sangramento uterino anormal, que afeta entre 9% e 14% das mulheres. Esse termo descreve mudanças na menstruação, como aumento no volume, na duração ou na frequência do sangramento.

Quando o sangramento vaginal é considerado anormal?

Considera-se anormal o sangramento vaginal que ocorre fora do período menstrual, apresenta alterações no fluxo sanguíneo, ou surge em situações como a gravidez, após a menopausa, ou em meninas com menos de 9 anos. Em média, o ciclo menstrual dura 28 dias (± 7 dias) e a menstruação dura cerca de 5 dias. Sangrar por mais de 7 dias é considerado anormal.

O sangramento vaginal pode ocorrer em mulheres de todas as idades. Em mulheres não grávidas, relatadas são fatais, mas podem indicar patologias graves, como o câncer. Quando relacionado à gravidez, o sangramento pode representar um risco significativo para a mãe e o feto.

Dessa forma, esse tema se torna relevante devido à sua frequência e ao impacto negativo que exerce sobre os aspectos físicos, emocionais, sexuais e profissionais da vida das mulheres, comprometendo sua qualidade de vida.

Causas do sangramento vaginal anormal

Houve uma atualização significativa na terminologia usada para descrever sangramentos anormais em mulheres não grávidas. Desde 2011, os especialistas recomendam o sistema de classificação chamado PALM-COEIN para dividir as causas em estruturais e não estruturais.

Na adolescência, as causas estruturais são raras, predominando os distúrbios anovulatórios e hemorrágicos. Durante a idade reprodutiva, as complicações relacionadas à gestação são a principal causa de sangramento vaginal anormal.

Em mulheres acima de 45 anos, a hemorragia anovulatória perimenopausa é comum. A atrofia endometrial e vulvovaginal geralmente causa sangramento pós-menopausa, mas sempre investigamos para evitar a possibilidade de câncer de endométrio.

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Aproximadamente metade dos casos de menstruação excessiva se enquadram na categoria não estrutural de disfunção ovulatória do sistema PALM-COEIN, que inclui o sangramento anovulatório. Isso ocorre porque, sem a ovulação, não há formação do corpo lúteo e, consequentemente, não há produção de progesterona para equilibrar o estrogênio. Esse desequilíbrio hormonal faz com que o endométrio se prolifere frequentemente até se tornar assustador e começar a se decompor, resultando em sangramento irregular e imprevisível.