Englobando o desejo peculiar de consumir substâncias não alimentares, como terra, giz e outros materiais, a picamalácia, ou síndrome de pica, é um fenômeno que merece atenção durante a gestação. Embora seja natural experimentar desejos incomuns durante esse período, é crucial comunicar ao médico durante o pré-natal a frequência e a intensidade desses impulsos.
Compreendendo os Riscos
Embora em alguns casos o desejo possa surgir de forma esporádica e a gestante não ceda a ele ou consuma substâncias alternativas, quando se torna uma vontade persistente e recorrente, é fundamental buscar auxílio médico. A repetição desse hábito pode acarretar complicações tanto para a mãe quanto para o feto, sendo vital buscar orientação profissional.
Analisando os Fatores Desencadeantes
A picamalácia tem causas pouco conhecidas, mas pode estar relacionada à falta de ferro e desconfortos gastrointestinais típicos da gravidez, segundo estudos. A alteração hormonal característica desse período também pode desempenhar um papel significativo, contribuindo para esses desejos incomuns.
Desvendando as Origens: Fatores Hormonais e Nutricionais
Desde o início da gestação, as mudanças hormonais são uma constante, podendo resultar em desconfortos como náuseas e refluxo. Essas flutuações hormonais podem influenciar os desejos alimentares, levando a preferências incomuns, como o consumo de frutas verdes com sal, muitas vezes associadas a uma tentativa de aliviar esses desconfortos.
Estudos indicam que a deficiência de zinco ou ferro durante a gravidez pode alterar as enzimas cerebrais reguladoras do apetite, desencadeando desejos inexplicáveis. No entanto, consumir substâncias não alimentares, como terra ou argila, pode agravar essa deficiência e interferir na absorção adequada de nutrientes pelo organismo, gerando complicações adicionais.