A bulimia nervosa, um dos transtornos alimentares mais discutidos, envolve episódios de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios, como vômitos, jejum, uso excessivo de laxantes e diuréticos, e exercício físico compulsivo, todos visando evitar o ganho de peso.
Um estudo publicado na revista Research, Society and Development, apontou para uma prevalência maior desse transtorno entre a população adolescente, especialmente entre as mulheres, resultando em uma série de sintomas físicos e psicológicos que afetam significativamente a vida diária.
Os episódios de compulsão alimentar e os comportamentos purgativos são realizados em segredo, alternando entre sentimentos de culpa, durante a compulsão, e alívio, após os comportamentos de purgação.
Os indivíduos afetados muitas vezes se sentem presos em padrões de comportamento prejudiciais, frequentemente mantendo um peso considerado normal para sua altura e idade e, às vezes, recorrendo a medicamentos para emagrecimento por conta própria.
Quais são os gatilhos para a bulimia?
Embora mais comum entre as mulheres, a bulimia pode se manifestar no final da infância ou no início da idade adulta, com suas causas ainda não totalmente compreendidas. No entanto, estudos sugerem uma interação complexa entre traços de personalidade, emoções, padrões de pensamento e fatores biológicos e ambientais como possíveis gatilhos.
A predisposição genética é indicada pelo fato de que a bulimia muitas vezes ocorre em famílias. Outros fatores de risco incluem transtornos de humor, uso de substâncias, eventos traumáticos, estresse e histórico de dietas frequentes.
Sintomas físicos e comportamentais:
Ao contrário da anorexia, os bulímicos podem não apresentar perda significativa de peso, o que torna o diagnóstico mais desafiador. Os sintomas físicos incluem problemas dentários, distúrbios gastrointestinais, desidratação e desequilíbrios minerais, enquanto os comportamentais envolvem padrões alimentares disfuncionais, isolamento social e alterações de humor.
Tratamento:
A abordagem multidisciplinar é crucial, envolvendo psiquiatras, psicólogos e nutricionistas. O tratamento inclui terapia cognitivo-comportamental, acompanhamento psiquiátrico e nutricional, além do uso de antidepressivos quando necessário. Embora não haja uma cura definitiva, o foco está no controle dos sintomas e na prevenção de recaídas, exigindo uma atenção constante aos gatilhos e padrões comportamentais.