A clamídia, uma IST que pode causar sérios danos ao sistema reprodutivo feminino, é muitas vezes referida como uma doença oculta na literatura médica. Essa infecção bacteriana, classificada como uma das ISTs mais frequentes, é também a causa de infecções oculares que podem levar à cegueira. Desde a década de 1990, a clamídia é a IST mais relatada nos Estados Unidos e na Europa. Dados da Febrasgo indicam que ela pode acometer de 5% a 25% de mulheres com idades entre 15 a 24 anos de idade.
O que é?
A clamídia é uma bactéria, a Chlamydia trachomatis, de transmissão sexual, que pode causar infecções em homens e mulheres. Além dos órgãos genitais, ela pode afetar a garganta e os olhos.
Qualquer pessoa com vida sexual ativa pode contrair clamídia ao praticar sexo vaginal, anal ou oral sem proteção. A infecção também pode ocorrer por meio do contato com o genital do parceiro, sem penetração, ou através do contato com o fluído vaginal ou sêmen, e mesmo durante o compartilhamento de objetos sexuais (sem a devida higiene e uso de preservativos).
Além disso, há possibilidade de infecção vertical —da gestante para o bebê, durante o parto.
Sinais e sintomas
Caso os sintomas apareçam, a mulher poderá notar dor ao urinar, secreção (corrimento) vaginal ou retal, dor pélvica, sangramento após as relações sexuais, sangramento entre os períodos menstruais e irritação na garganta.
Diagnóstico
Profissionais realizam o diagnóstico da clamídia através da análise da secreção, da urina, da mucosa da boca ou da região anal, podendo coletar as amostras no consultório ou em laboratório.
Tratamento
O tratamento visa quebrar a cadeia de transmissões, resolver os sintomas e prevenir complicações, sendo baseado no uso de antibióticos específicos.
Complicações em mulheres
Complicações em mulheres podem incluir infertilidade, dor pélvica, dor durante as relações sexuais, gravidez tubária e complicações na gestação.
Importante
O uso de preservativo é fundamental na prevenção da clamídia e de outras ISTs.
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