Paraparesia Espástica Tropical: Compreendendo a PET

Paraparesia Espástica Tropical: Compreendendo a PET

Definição

A paraparesia espástica tropical (PET) é uma condição associada ao vírus linfotrópico de células T tipo 1 (HTLV-1), caracterizada por fraqueza muscular e espasticidade nos membros inferiores, juntamente com incontinência urinária.

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Histórico

Inicialmente descrita na Jamaica no século XIX, a PET foi por muito tempo confundida com deficiências nutricionais ou exposição a toxinas. Somente nos anos 1980 sua etiologia viral foi estabelecida. A transmissão do HTLV-1 ocorre principalmente por via sexual, amamentação e transfusões sanguíneas. Diagnosticar precocemente a PET é desafiador devido à sua natureza assintomática em muitos casos e à necessidade de excluir outras causas de mielopatia.

Fatores de risco

Os fatores de risco para infecção pelo HTLV-1 estão diretamente ligados às vias de transmissão, incluindo múltiplos parceiros sexuais, transfusões sanguíneas e falta de acompanhamento durante a gravidez. Quanto à PET, a carga viral é um fator determinante, juntamente com a cepa viral, idade e sexo do indivíduo. Locais como a América do Sul e a Austrália Central aumentam o risco de desenvolvimento de PET, sendo considerados endêmicos para o HTLV-1.

Patogênese

A patogênese da PET envolve uma resposta imune inflamatória, com infiltração de linfócitos T na medula espinal e subsequente degeneração nervosa. Os linfócitos TCD8+ desempenham um papel importante na manutenção da resposta imune crônica.

Terapia

A terapia para PET é principalmente sintomática e de suporte, com corticosteroides e imunomoduladores sendo comumente utilizados para reduzir a inflamação e a replicação viral.

Prevenção

Medidas preventivas incluem a promoção do uso de preservativos, acompanhamento pré-natal adequado e triagem do sangue doado para transfusões. A conscientização sobre a PET e sua inclusão nos diagnósticos diferenciais de mielopatias é fundamental para garantir um diagnóstico e tratamento precoces.