HTLV: Compreendendo a Infecção

HTLV: Compreendendo a Infecção

O HTLV, membro da mesma família do HIV, afeta células cruciais para a defesa do organismo. Apesar de sua descoberta datar de 1980, ainda hoje desafia os limites da ciência. Esse vírus é um problema global, com o Brasil possivelmente liderando em número de casos, apesar das estratégias adotadas. Existem dois tipos principais: HTLV-1 e HTLV-2, enquanto HTLV-3 e HTLV-4 foram registrados em áreas remotas da África Subsaariana.

Formas de transmissão

Quanto à contaminação, tanto HTLV-1 quanto HTLV-2 compartilham semelhanças na disseminação, encontrando-se no sangue, leite materno, sêmen e secreção vaginal. Isso possibilita várias vias de transmissão, incluindo o uso de drogas injetáveis, transplante de órgãos e contato sexual. A transmissão vertical, da mãe para o bebê, é outra via significativa, assim como o compartilhamento de agulhas e seringas.

Sinais e sintomas

Embora muitos portadores de HTLV não apresentem sintomas, complicações podem surgir, como a Paraparesia Espástica Tropical e a Leucemia-Linfoma de Células T do Adulto (ATLL) associadas ao HTLV-1. O HTLV-2 ainda não possui associação conhecida com doenças específicas. Sinais como lesões cutâneas, aumento de gânglios linfáticos e anemia podem indicar a presença do vírus.

Leia também: Paraparesia Espástica Tropical: Compreendendo a PET

Prevenção

A prevenção é a chave, uma vez que ainda não há vacina ou tratamento específico. Medidas padrão de prevenção, como o uso de preservativos e seringas estéreis, são fundamentais. Durante a gravidez, o teste de HTLV é crucial, e em caso positivo, o aleitamento materno é contraindicado, recomendando-se o uso de fórmulas infantis.

Tratamento

Em termos de tratamento, embora não haja cura, os pacientes podem ser acompanhados em Serviços de Atenção Especializada (SAE) e Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA). O papel da atenção básica, por meio das equipes de saúde da família, é vital na detecção precoce e encaminhamento para tratamento especializado quando necessário. O tratamento visa melhorar a qualidade de vida, já que o vírus não pode ser eliminado naturalmente pelo corpo.